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  • Bert Hellinger

Recolhimento

Acompanhar o instante.

Nossas viagens interiores seguem de um instante a outro e passo a passo o caminho que nos leva ao interior. Quando estamos presentes em nosso agora, estamos no lugar que nos convém nesse instante. Aí começa a nossa viagem interior.

Portanto, concordo com a minha situação, tal como ela é no momento. Concordo com as pessoas com quem me relaciono, da maneira como elas são. Concordo comigo, tal como sou – justamente assim.

Porque concordo comigo e com os outros e com a minha situação tais como são, livro-me de meus desejos em relação a eles. Livro-me, também, de minhas preocupações e de minhas queixas a seu respeito. Com isso, ganho a minha paz interior.

Por algum tempo, permaneço nessa tranquilidade, até que nasce dentro de mim um movimento que me puxa para o meu centro. Entrego-me a ele, tal como ele é – nem mais, nem menos, apenas até onde ele me conduz. E já estou em minha viagem interior.

Quando regresso dessa viagem, preciso fazer alguma coisa? Posso fazer alguma coisa?

Em minha viagem interior sou, às vezes, presenteado com uma luz. De repente, conheço o próximo passo a ser dado em minha vida. Devo, então, agir imediatamente? Algumas vezes, sim. Muitas vezes, porém, permaneço recolhido e aguardo um pouco mais. Como na viagem interior, também aí permaneço no instante. Deixo me guiar, a cada momento, concordando comigo mesmo, com as outras pessoas e com a minha situação, tal como ela é. Com o mesmo recolhimento com que me dirijo ao interior, eu saio para fora: sereno, confiante, guiado pelo meu centro.

O que experimento, às vezes, depois disso? Algo muda no exterior, como por si mesmo, sem necessidade de uma ação minha.

Quando, apesar disso, eu preciso agir, minha ação tem uma outra força. Por quê? Porque tenho um outro amor.

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