A confiança só pode existir se, primeiro, você confia em si mesmo. Tudo aquilo que é mais fundamental precisa acontecer primeiramente em seu interior. Se você confia em si mesmo, poderá confiar na existência. Porém, se não confia em si mesmo, nunca poderá confiar em nada.
E o que a sociedade faz é extirpar a sua confiança pela raiz. Ela não permite que você confie em si mesmo. Ela lhe ensina toas as outras formas de confiança – a confiar nos pais, a confiar na Igreja, a confiar no Estado, a confiar em Deus, e assim eternamente. Mas a sua confiança essencial é completamente destruída. Por isso, todas as outras formas de confiança são falsas, e estão fadadas a ser assim. Elas não passam de flores de plástico – pois você não tem raízes de verdade para que flores de verdade possam crescer.
A sociedade faz isso deliberadamente, de propósito, porque uma pessoa que confia em si mesma é um perigo para uma sociedade como essa – uma sociedade que depende da escravidão, que já investiu muito na escravidão coletiva.
Um homem que confia em si mesmo é um homem livre. Ele é imprevisível, age à sua maneira. A liberdade é a sua vida.
Quando sente algo, confia; quando ama, confia – sua confiança é carregada de intensidade e verdade. É uma confiança viva e autêntica. E ele está disposto a arriscar tudo em nome dela – sim, mas só quando realmente sente que é verdade, só quando o seu coração se move, só quando a sua inteligência e o seu amor se movem; de outra forma não. É impossível lhe impor qualquer tipo de crença.
A crença é teórica.
A confiança é existencial.